Popular denuncia o vereador Júnior Nogueira por lecionar aulas de uma disciplina de forma irregular em uma escola pública da rede municipal de ensino de Santo Antônio. A denúncia foi protocolada ontem (18), na Secretaria da Câmara de Vereadores, pela moradora Maria de Fátima da Silva, que solicita aos vereadores da Casa Legislativa para que apurem a suposta conduta ilegal praticada pelo parlamentar.
No comunicado entregue à Câmara, a moradora afirma que o vereador estaria ministrando aulas da disciplina de Artes na Escola Municipal Dr. Hélio Barbosa de Oliveira para turmas de 6º ao 9º ano sem a devida habilitação para o exercício da função, pois, segundo ela, o parlamentar só possui a formação no ensino na modalidade normal, estando assim habilitado a lecionar somente para o ensino fundamental de 1º ao 5º ano. "Solicito que os vereadores e vereadoras façam alguma atitude por essa conduta indecorosa exercida por um vereador que deveria dá exemplo ao invés de cometer crime de exercício ilegal da profissão previsto no Código Penal Brasileiro", declarou a denunciante em um trecho do documento.
Em seu pronunciamento na Câmara acerca da denúncia, o vereador Júnior Nogueira confessou ter ministrado aulas da disciplina de Artes na referida instituição, porém de forma voluntária sem receber nenhuma remuneração por isso nem ter feito um contrato formalizado com a direção da escola para exercer a função. Ele disse que a ideia de dar aulas surgiu após uma visita feita a instituição onde teria sido comunicado da falta de professores de artes por parte da secretaria de educação, quando resolveu se colocar à disposição da direção da escola para que os alunos não fossem prejudicados sem aulas da disciplina. Com isso, o parlamentar revelou ter ficado preocupado com a situação dos estudantes da escola e de imediato conversou com a diretora para lecionar a disciplina por um período apenas de três semanas, sendo orientado pela equipe pedagógica da instituição, sem nenhum compromisso assumido junto à direção para estar como professor titular. Ele acrescentou ainda que tinha conhecimento das consequências e possíveis penalidades que poderia sofrer, caso tivesse sido contratado como docente do município no exercício da função de forma remunerada.
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