Em
entrevista concedida ao blog Os Amigos da Onça, o vereador Júnior Nogueira
(PSB), líder da bancada de situação, comentou a questão da polêmica eleição da
mesa diretora e os recentes conflitos na Câmara Municipal de Santo Antônio, bem
como também criticou as declarações de alguns vereadores de oposição.
Na
avaliação do líder do governo, a falta de diálogo e entendimento entre os
parlamentares das duas bancadas são os causadores das divergências e das
discussões acaloradas na Câmara, o que tem colocado em xeque uma imagem
negativa do Legislativo Municipal perante a sociedade santoantoniense. O
parlamentar disse que, enquanto líder da situação, está aberto ao diálogo junto
à bancada de oposição para que haja uma comunicação e um entendimento diante das
indiferenças no sentido de buscar uma solução para as problemáticas do
município. Ele definiu como uma guerra o que tem acontecido entre os vereadores
das duas bancadas e afirmou está à disposição da oposição para evitar os
constrangimentos pelos quais vêm passando a Casa e tentar chegar a um consenso
e harmonizar os trabalhos no Legislativo.
Ao
ser questionado sobre a eleição da mesa diretora, que culminou com a vitória da
chapa de oposição, Júnior afirmou que não entrará no mérito da legalidade ou
não do pleito e vai aguardar uma decisão da justiça, já que o processo
eleitoral foi cancelado por meio de uma portaria assinada pelo atual presidente
da Câmara sob a justificativa de um problema no equipamento de som, enquanto a
bancada oposicionista entende que a eleição transcorreu de acordo com os
trâmites legais.
O
vereador lembrou que a vereadora Priscila, eleita a nova presidente, na eleição
ocorrida no dia 27 de junho, fazia parte da bancada de situação até momentos
antes da realização do pleito e classificou a atitude da vereadora de ter ido
para a oposição como desesperadora. “De forma traidora e acima de tudo de falta
de caráter. A gente lamenta a falta de caráter e de palavra que a vereadora
hoje mostrou perante ao povo de Santo Antônio. Perante aos grupos políticos, eu
considero a vereadora uma sem palavra, disparou. Ele ressaltou que dias antes da eleição a
vereadora Priscila havia se comprometido em votar na sua candidatura como
presidente pela chapa de situação em uma reunião com a bancada e o prefeito
Lula Ribeiro, mas, segundo o vereador,
devido à traição ela resolveu voltar para a oposição em troca da presidência
para o próximo biênio. Júnior relatou ainda que contava também com o voto da
vereadora Lucinha, que tinha se comprometido em apoiar seu projeto político
pouco antes da eleição da mesa. De acordo com o vereador, um acordo da oposição
firmado com as vereadoras mudou todo o rumo das articulações no dia do processo
eleitoral.
Sobre
a possibilidade de uma nova eleição, o parlamentar declarou que vai esperar a
decisão da justiça para discutir com sua bancada as articulações visando o novo
pleito marcado para acontecer no dia 30 de dezembro. Júnior afirmou que vai se
colocar novamente à disposição do grupo como candidato a presidente e, em caso,
de haver outro nome indicado pela sua bancada, ele disse seguir a decisão de
apoiar a candidatura do vereador escolhido, sem qualquer ambição e
individualismo, junto ao projeto do prefeito Lula Ribeiro. O vereador frisou
ainda que estará aberto para novas articulações, até mesmo com vereadores da
oposição para que venham a seguir o projeto de sua bancada. “Estamos à
disposição e não vamos impor absolutamente nada. Se nosso retornar como
candidato da situação, vamos aceitar normalmente e, se o grupo concordar em
apoiar outro nome, a gente vai está votando normalmente”, complementou.
Perguntado
a respeito das denúncias de supostas irregularidades envolvendo o atual presidente da Casa, o
líder do governo preferiu alfinetar a vereadora Priscila: "Primeiro, a vereadora
Priscila não tem nenhuma moral para questionar a atitude e postura do atual
presidente, haja vista até pouco tempo a vereadora fazia parte da bancada de
situação. Se ela tinha conhecimento de algumas irregularidades, por que ela não
veio questionar antes e de um dia para noite, ela muda toda a sua convicção da
realidade da Câmara?. Uma falta de coerência demonstrada ao longo do tempo em
que a vereadora vem tendo a sua atuação, mas eu desconheço qualquer tipo de
irregularidade e se tiver, deve-se pagar na justiça pela falha e o ato
negativo. Se de fato existe alguma irregularidade, ela tem que provar".
“Conquistar
um mandato popular não é fácil, principalmente quando a gente tem o objetivo de
levar ao longo do nosso mandato a coerência, a fidelidade ao grupo político. Eu
abri mão de vários acordos e podia até ser hoje presidente pelo grupo da
oposição, mas a gente teve a coerência e a fidelidade ao grupo político e assim
a gente vai seguir até o final do nosso mandato. Eu posso até voltar as minhas
origens, mas eu voltar sempre com minha dignidade e a vergonha na minha cara de
saber que tenho palavra, a minha dignidade, e acima de tudo honestidade na
política”, concluiu.
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