segunda-feira, 21 de julho de 2014

Vereador Júnior Nogueira define como "guerra" a relação entre as bancadas na Câmara e critica postura de vereadoras da oposição

Em entrevista concedida ao blog Os Amigos da Onça, o vereador Júnior Nogueira (PSB), líder da bancada de situação, comentou a questão da polêmica eleição da mesa diretora e os recentes conflitos na Câmara Municipal de Santo Antônio, bem como também criticou as declarações de alguns vereadores de oposição.

Na avaliação do líder do governo, a falta de diálogo e entendimento entre os parlamentares das duas bancadas são os causadores das divergências e das discussões acaloradas na Câmara, o que tem colocado em xeque uma imagem negativa do Legislativo Municipal perante a sociedade santoantoniense. O parlamentar disse que, enquanto líder da situação, está aberto ao diálogo junto à bancada de oposição para que haja uma comunicação e um entendimento diante das indiferenças no sentido de buscar uma solução para as problemáticas do município. Ele definiu como uma guerra o que tem acontecido entre os vereadores das duas bancadas e afirmou está à disposição da oposição para evitar os constrangimentos pelos quais vêm passando a Casa e tentar chegar a um consenso e harmonizar os trabalhos no Legislativo.

Ao ser questionado sobre a eleição da mesa diretora, que culminou com a vitória da chapa de oposição, Júnior afirmou que não entrará no mérito da legalidade ou não do pleito e vai aguardar uma decisão da justiça, já que o processo eleitoral foi cancelado por meio de uma portaria assinada pelo atual presidente da Câmara sob a justificativa de um problema no equipamento de som, enquanto a bancada oposicionista entende que a eleição transcorreu de acordo com os trâmites legais.

O vereador lembrou que a vereadora Priscila, eleita a nova presidente, na eleição ocorrida no dia 27 de junho, fazia parte da bancada de situação até momentos antes da realização do pleito e classificou a atitude da vereadora de ter ido para a oposição como desesperadora. “De forma traidora e acima de tudo de falta de caráter. A gente lamenta a falta de caráter e de palavra que a vereadora hoje mostrou perante ao povo de Santo Antônio. Perante aos grupos políticos, eu considero a vereadora uma sem palavra, disparou. Ele ressaltou que dias antes da eleição a vereadora Priscila havia se comprometido em votar na sua candidatura como presidente pela chapa de situação em uma reunião com a bancada e o prefeito Lula Ribeiro, mas, segundo o vereador, devido à traição ela resolveu voltar para a oposição em troca da presidência para o próximo biênio. Júnior relatou ainda que contava também com o voto da vereadora Lucinha, que tinha se comprometido em apoiar seu projeto político pouco antes da eleição da mesa. De acordo com o vereador, um acordo da oposição firmado com as vereadoras mudou todo o rumo das articulações no dia do processo eleitoral.

Sobre a possibilidade de uma nova eleição, o parlamentar declarou que vai esperar a decisão da justiça para discutir com sua bancada as articulações visando o novo pleito marcado para acontecer no dia 30 de dezembro. Júnior afirmou que vai se colocar novamente à disposição do grupo como candidato a presidente e, em caso, de haver outro nome indicado pela sua bancada, ele disse seguir a decisão de apoiar a candidatura do vereador escolhido, sem qualquer ambição e individualismo, junto ao projeto do prefeito Lula Ribeiro. O vereador frisou ainda que estará aberto para novas articulações, até mesmo com vereadores da oposição para que venham a seguir o projeto de sua bancada. “Estamos à disposição e não vamos impor absolutamente nada. Se nosso retornar como candidato da situação, vamos aceitar normalmente e, se o grupo concordar em apoiar outro nome, a gente vai está votando normalmente”, complementou.

Perguntado a respeito das denúncias de supostas irregularidades envolvendo o atual presidente da Casa, o líder do governo preferiu alfinetar a vereadora Priscila: "Primeiro, a vereadora Priscila não tem nenhuma moral para questionar a atitude e postura do atual presidente, haja vista até pouco tempo a vereadora fazia parte da bancada de situação. Se ela tinha conhecimento de algumas irregularidades, por que ela não veio questionar antes e de um dia para noite, ela muda toda a sua convicção da realidade da Câmara?. Uma falta de coerência demonstrada ao longo do tempo em que a vereadora vem tendo a sua atuação, mas eu desconheço qualquer tipo de irregularidade e se tiver, deve-se pagar na justiça pela falha e o ato negativo. Se de fato existe alguma irregularidade, ela tem que provar".

“Conquistar um mandato popular não é fácil, principalmente quando a gente tem o objetivo de levar ao longo do nosso mandato a coerência, a fidelidade ao grupo político. Eu abri mão de vários acordos e podia até ser hoje presidente pelo grupo da oposição, mas a gente teve a coerência e a fidelidade ao grupo político e assim a gente vai seguir até o final do nosso mandato. Eu posso até voltar as minhas origens, mas eu voltar sempre com minha dignidade e a vergonha na minha cara de saber que tenho palavra, a minha dignidade, e acima de tudo honestidade na política”, concluiu.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário